O aumento no número de casos de conjuntivite, observado em algumas regiões do município de
São Paulo, é uma situação que deve alertar a população e os profissionais de saúde para os cuidados
necessários em relação à sua prevenção e disseminação.
Conjuntivite é a inflamação de uma membrana que em condições normais, é fina e transparente
(conjuntiva); ela recobre a parte branca visível do globo ocular, ou seja, a esclera e também as partes
internas das pálpebras superiores e inferiores.
As conjuntivites têm várias etiologias: bacteriana, viral, alérgica, química, entre outras.
As conjuntivites têm comportamento endêmico em todo o mundo, isto é, ocorrem
habitualmente. Entretanto podem apresentar características sazonais. É o caso das conjuntivites de
etiologia alérgica que tendem a ocorrer mais na primavera e as conjuntivites de etiologia viral, que
ocorrem mais no verão e inverno.
As conjuntivites virais são responsáveis pela maioria dos surtos e epidemias, pois são altamente
contagiosas. Tem evolução habitualmente benigna.
Os sinais e sintomas mais comuns são: irritação ocular, olho vermelho, edema palpebral,
prurido, intolerância à luz, aumento de secreção ocular. Em geral ambos os olhos são acometidos.
A transmissão se dá através do contato direto mão-olho-mão, objetos contaminados, piscinas, etc.
Os vírus causadores das conjuntivites, como todos outros, são microrganismos de vida
intracelular, permanecendo viáveis no meio ambiente em média por 5 horas, podendo aumentar
esse período em condições ambientais favoráveis.
O período de incubação pode variar de 02 a 07 dias, dependendo do vírus.
A principal medida de prevenção é a lavagem das mãos com freqüência, com água e sabão e/ou
o uso do álcool gel 70%.
Os doentes com conjuntivite devem ter o cuidado de não coçar os olhos, lavar com
freqüência as mãos e rosto, separar objetos de uso pessoal (toalha, fronha, material de
maquiagem), evitar piscinas e aglomeração de pessoas.
Não usar medicamentos sem orientação médica.
DOENÇAS OCULARES TRANSMISSÍVEIS/GCCD